sábado, 17 de dezembro de 2011

Crítica Amanhecer - Parte 1

Crítica Amanhecer - Parte 1
Por: Maria Eduarda Ornellas

Pronto, Amanhecer - Parte 1 já está nos cinemas. Vocês já podem ficar felizes de novo, Twi-hards. Aliás, é melhor ficarem felizes agora mesmo, porque a segunda parte só vem em novembro. De 2012. Por enquanto, vai ser preciso se contentar com o que vimos da adaptação do quarto e último livro da série de Stephenie Meyer, o que não foi exatamente pouca coisa.
No filme corretamente dirigido por Bill Condon (Dreamgirls), tivemos casamento. Depois de tanto insistir, o vampiro Edward (Robert Pattinson) consegue casar com a mocinha mais que comum Bella (Kristen Stewart).
Fora a parte em que Stewart exagera um pouco demais no nervosismo de noiva, fazendo parecer que a personagem seguia para a forca, e não para um vampiro bonitão, as cenas se desenrolaram como esperado. A grande surpresa ficou para o vestido de Bella, que, de fato, era lindo. Um presente para lojas do mundo todo, que finalmente vão poder parar de copiar o modelo de Kate Middleton.
Também tivemos sexo. Afinal, Bella e Edward são marido e mulher, então está tudo liberado. Mas não esperem muito mais que o livro, já que as cenas foram cortadas para que o filme não ficasse com uma classificação etária muito alta. Fiquem tranquilos, pelo menos tem cama quebrando.
Se teve gravidez, nada mais justo que também mostrar o parto. Alerta aos mais enojados. Mesmo sendo um filme de vampiros (mas eles são bonzinhos!), é nessa hora que há sangue e mordidas para todo o lado.Na lua-de-mel, o casal vampiro-humana dá uma passada pelo Rio, um lugar de gente feliz, sambante e sensual. Típico. Da cidade, eles seguem para uma ilha paradisíaca onde a ação acontece. Se, é claro, entendermos ação por ficar grávida depois de fazer sexo com um vampiro e, consequentemente, passar a carregar um mini-vampirinho híbrido dentro de si mesma. 
E aí tivemos final com gostinho de quero mais. Não vale nem a pena contar exatamente, primeiro porque todo mundo já sabe e, segundo, porque é mais previsível do que todo o resto do filme junto.
Antes de falar se tudo isso foi bom ou ruim, contudo, é preciso compreender o que se foi ver. Errado ou certo, a Saga Crepúsculo  como um todo é feita para os fãs mais dedicados e obcecados, que não querem saber de nada a não ser a fidelidade à história de Meyer.
O grande problema talvez esteja na divisão em duas partes de uma trama que, no cinema, funcionaria melhor em unidade. Como no livro, o começo da saga de Edward e Bella pelo amor eterno é repleta de clichês, breguices e amor conservador. E assim ficou Amanhecer – parte 1, engessado pela fidelidade ao livro, mas com a desvantagem de só ser seguido de uma segunda parte um ano depois.
No equilíbrio entre o que deveria ser uma adaptação de um livro para a linguagem do cinema e a satisfação dos anseios mais fanáticos, a roteirista Melissa Rosenberg e o diretor Bill Condon provavelmente fizeram o que puderam. Poderiam ter feito melhor? Talvez sim. Era possível esperar mais? Definitivamente não. Teve Taylor Lautner tirando a camisa sem razão aparente? Ah, mas claro. Nos primeiros 10 segundos de filme.

Maria Eduarda Ornellas

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