sábado, 17 de dezembro de 2011

Crítica Crepúsculo

Crítica Crepúsculo
Por: Renato Marafon

Antes mesmo de se tornar um fenômeno de vendas, uma adaptação para os cinemas do livro de Stephenie Meyer já havia sido encomendada pela Summit Entertainment.

Para sorte da produtora e da autora, quando o livro foi lançado se tornou febre mundial entre os adolescentes e a adaptação ganhou um destaque maior. 'Crepúsculo', o primeiro livro da saga, fechará o ano no Brasil com mais de 180 mil exemplares comercializados e a seqüência, 'Lua Nova', que deve estrear nos cinemas até janeiro de 2010, terá mais de 120 mil livros vendidos. No mundo, as vendas da saga de amor entre a adolescente Bella Swan e o vampiro Edward Cullen já estão em 25 milhões de cópias.

E agora chega a hora da estreia do filme, que já se tornou sucesso nas bilheterias norte-americanas e teve uma sequência aprovada. 'Crepúsculo' conta a história de Isabella Swan, uma garota de 17 anos que se muda para uma cidadezinha chamada Forks. Uma tediosa e chuvosa cidade onde seu pai é o Chefe de Polícia. Tentando se adaptar ao ritmo de sua nova escola, a Forks High School, ela conhece novos amigos e os irmãos Cullen. Belos, pálidos e hostis, os Cullen preferem não manter contato com os colegas de classe. E quando Edward Cullen senta-se ao seu lado em uma aula de Biologia, Bella fica convencida do quanto os irmãos evitam a companhia de estranhos. Por isso, ela não entende o comportamento de Edward quando ele a salva de uma morte iminente. Com a convivência, eles se apaixonam, apesar de Edward lutar com ele próprio, para manter-se longe de Bella, que decide ficar ao seu lado.

Mas será que o filme é tão bom quanto o livro?
Quem leu o romance irá se apaixonar pelo filme. Quem não conheceu, pode achar o enredo superficial e não gostar. A razão é simples: mesmo com 120 minutos de duração, o filme não consegue fixar nas telas a intensidade do romance entre os protagonistas. O que no livro se desenvolve como uma grande história de amor entre diferentes, nas telonas parece uma paixão adolescente.

Mesmo assim, os méritos da produção devem ser resaltados. A escalação de Kristen Stewart como Bella e Robert Pattinson como Edward foi uma ótima escolha. Ela consegue transpor a personagem dos livros para as telas com excelência, mas quem se destaca é ele, com uma atuação brilhante e um personagem extremamente bem desenvolvido. Mesmo com a rapidez em que o romance se impõe, a química do casal é ótima. É bonito vê-los juntos.

Algumas mudanças sutis no roteiro também deixaram algumas passagens mais bem explicadas e deu um tratamento melhor aos personagens, trabalhando na personalidade de cada um deles. Aqui, os vampiros não são como os que conhecemos, não queimam quando expostos ao sol, não têm medo de cruz ou deixam de refletir no espelho. São pessoas muito bonitas, pálidas, e que se alimentam de sangue, e continuam com a força sobre natural.

Os efeitos especiais são a grande desilusão: com baixo orçamento, nenhuma grande tomada de efeito especial é bem trabalhada. Tudo parece mal finalizado. No importante momento em que Edward mostra como reage ao sol, muitas pessoas riram da precáridade do CGI.

'Crepúsculo' em filme não é bem sucedido como em livro, mas quem leu irá se deleitar ao assistir a uma produção simples, mas interessante. Quem não leu pode até gostar do longa, mas não com a mesma intensidade da legião de seguidores da obra de Stephenie Meyer.

Renato Marafon

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